10 de set. de 2010

Desculpe, Chico Xavier.


Desculpa, Chico Xavier


Marcelo Lemos

Uma grande controvérsia tem movimentado os bastidores do Espiritismo no Brasil: Seria Chico Xavier a reencarnação de Allan Kardec, o ‘grande codificador’ de Lyon? De um lado há o grupo que acredita na tese e, de outro, como em toda controvérsia, aqueles que a negam. Entre os grupos, e mesmo dentre eles, estão os moderados que erguem voz para alertar do perigo de perderem o foco com discussão tão inútil.

Virtualmente ignorante à discussão a que nos referimos, a grande massa segue sendo bombardeada com propaganda espírita por todos os lados. A Rede Globo, por exemplo, parece ter escolhido 2010 como o “Ano do Espiritismo” - a começar pela novela ‘Escrito nas Estrelas’, de Elizabeth Jhin, e a estreante mini-série A Cura, de João Emanuel Carneiro, estrelada por Selton Melo. A história, em nove capítulos, com formato de série americana, conta a história de um médico acusado de matar um colega, e que descobre que tem poder de curar as pessoas através de cirurgias espirituais... O autor declarou em entrevista que a história sobre um curandeiro é algo que sempre quis fazer, pois “é uma forma de abordar o sobrenatural de uma forma bem brasileira”.

Nunca a espiritualidade esteve tão em alta, que os cinemas brasileiros não me deixem mentir. O filme “Chico Xavier”, segundo a Folha de S. Paulo, só na semana de estréia, em Abril, arrastou para frente da telona nada menos que 590 mil pessoas. Desde então, mais de 3 milhões de pessoas já assistiram ao filme. Deu um verdadeiro olé em cima do tão aclamado “Lula, filho do Brasil”, que na estréia se contentou com 220 mil espectadores, e ficou muito perto de “Avatar”, superprodução americana, que atingiu perto de 800 mil espectadores na semana de estréia no Brasil.

Seja na tela do cinema, seja na tela da TV, o fato é que o espiritismo anda em alta ultimamente. Sem pesquisar muito, só citando o que podemos lembrar num segundo, ao menos quatro dos mais bem-sucedidos seriados americanos trazem conteúdo espírita: Cold Case; Supernatural, Médium e Ghost Whisperer. A fórmula parece ir tão bem nos índices de audiência que até seriados mais ‘sérios’, como Grey’s Anatomy, andam flertando com o ‘outro mundo’. Na segunda temporada da série, Meredith Grey, personagem principal da história, fica entre a vida e a morte, e numa EQM, experiência de quase morte, encontra-se com inúmeros falecidos, incluindo um grande amor... Seriam as visões de Grey, apenas reações químicas do cérebro inconsciente? Seriam experiências reais com o sobrenatural? Os autores deixam ao telespectador o sabor de julgar.

Ainda que o risco de alguém vir a se tornar espírita por influencia de qualquer destas obras seja questionável, é de bom juízo, e do dever cristão, conhecer mais de perto o que a Doutrina Espírita pretende ensinar. Tal conhecimento não apenas nos protege de contaminação, como também nos serve de ferramenta na hora de comunicar o Evangelho da Graça àqueles que estejam seduzidos, em maior ou menor grau, por tal filosofia religiosa – e não são poucos, como podemos supor pelos dados acima.

Indo direto ao ponto, e sem pedir desculpas pelo que será dito, o Espiritismo é uma filosofia absolutamente anticristã. Certamente vão chover protestos contra esta afirmação, até porque, os espíritas definem-se a si mesmos como “cristãos”. Na verdade, vão ainda mais longe, ao afirmarem que sua filosofia seria uma mais elevada revelação da mensagem de Jesus. Todavia, basta um breve olhar para se perceber o quanto a Doutrina Espírita contradiz a Mensagem do Cristo.

Para provar este ponto, destaco a forma antibíblica como eles se valem do termo “expiação” – o que nos levará diretamente a outro dogma espírita, a reencarnação. Todo cristão sabe – ou deveria saber – que o termo “expiação” vem lá do Antigo Testamento, quando o povo hebreu foi ordenado a oferecer sacrifícios por seus pecados. Havendo cometido pecado, o homem ofertava a Deus um animal inocente que, tendo seu sangue derramado, expiava a ofensa do pecador, tornado este novamente aceitável a Deus.

“E quando o pecado que cometeram for conhecido, então a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado...” – Levítico 4.14.

O sacrifício de uma vitima inocente realizava a expiação pelo pecado do transgressor. Este é o conceito bíblico de expiação; evidentemente, tal conceito de expiação se aplica a Obra Expiatória realizada pelo Cristo, nosso Senhor e Deus. Tal realidade já se prefigurava desde os tempos proféticos, e é belissimamente sumarizada no poema de Isaías:

“Seguramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si; nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho. Porém o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos” – Isaías 53.4-6.

No entanto, nada disso se aplica a teoria espírita sobre a expiação. No espiritismo não existe salvação por Graça, muito pelo contrário, ali a salvação deve ser buscada a duras penas, como recompensa pelas boas ações dos homens. É bem honesta a forma como um dos espíritos guia de Allan Kardec descreve o mundo imaginado pelo Espiritismo: um purgatório! “Quase sempre, na Terra é que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos obriga a expiar as vossas faltas” (Livro dos Espíritos, versão digital).

Não existe perdão no Espiritismo, portanto, ali não se fala em Graça Salvadora. O homem, segundo os espíritos guia do kardecismo, não é salvo pela Graça de Cristo, mas por si mesmo. E, neste mundo-purgatório, os homens, através do sofrimento e das boas ações, vão purificando-se, pagando a Deus o que Lhe devem, e alcançando um degrau a mais na evolução espiritual. Mas, como nem sempre dá tempo de pagar todas as dívidas numa única existência, o homem se vê obrigado a reencarnar inúmeras vezes – até que pague o último centavo de sua dívida!

“Um senhor, que tenha sido de grande crueldade para os seus escravos, poderá, por sua vez, tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a seus semelhantes. Um, que em certa época exerceu o mando, pode, em nova existência, ter que obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade. Ser-lhe-á isso uma expiação, que Deus lhe imponha, se ele abusou do seu poder. Também um bom Espírito pode querer encarnar no seio daquelas raças, ocupando posição influente, para fazê-las progredir. Em tal caso, desempenha uma missão” Livro dos Espíritos, versão digital

O Espiritismo não é cristão!


Cristo, a Vítima Inocente, é quem realizou uma perfeita Expiação pelos nossos pecados. Não por menos ser posto como doutrina fundamental da fé cristã uma ‘salvação por graça’, como bem expressa o Santo Apóstolo: “... sendo justificados livremente pela Sua graça, pela redenção que está em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para ser uma propiciação, pela fé no Seu sangue, para demonstração da Sua justiça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para a demonstração da Sua justiça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para a demonstração, digo, da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:24-25).

E se acrescente Efésios 2.4-9: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Nossa Redenção encontra-se em Cristo justamente pelo fato de que ele “se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Efésios 5.2). Não reencontramos nosso lugar ao lado de Deus por méritos pessoais, antes, pela Graça de Deus, a qual, por meio de Cristo, nos reconcilia consigo. Este é o ensino de todo o Novo Testamento. “... Cristo morreu por nós. Muito mais então, sendo justificados pelo Seu sangue seremos salvos da ira de Deus por meio dele.” (Romanos 5:8,9). “... nossa páscoa também foi sacrificada, mesmo Cristo.” (1 Coríntios 5:7). “... Cristo morreu por nossos pecados, segundo a Escritura” (I Coríntios 15:3). “Aquele que não conheceu pecado. Fê-lo pecado por nós, para que nEle fossemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). “... ofereceu para sempre um sacrifício pelos pecados” (Hebreus 10:12). “Porque Cristo também sofreu pelos pecados uma vez, o justo pelos injustos, para que nos trouxesse a Deus ...” (I Pedro 3:18). “Cristo nos redimiu da maldição da Lei, fazendo-Se maldição por nós” (Gálatas 3:13). “... foste morto e remiste para Deus com o Teu sangue homens de toda a tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse. 5:9).

Foi pesquisando o grande sucesso do filme Chico Xavier, e do fenômeno espírita na mídia, que tive a idéia do título deste artigo. Em minhas andanças na Internet, encontrei uma mensagem de um entusiasta que dizia mais ou menos o seguinte: “Obrigado Chico, por tudo o que você nos ensinou, e para o que tem despertado o Brasil, mesmo de onde você está nos vendo!”. Então, pensei com meus botões: “Chico está nos vendo?”. Bem, o caso é que se eu acreditasse nisto, também teria uma mensagem para este ilustre brasileiro: “Me desculpe a franqueza Chico, mas, ainda que sua filosofia tenha lá suas virtudes, ela não é, e jamais foi cristianismo!”.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3.16

Extraido do Genizah.

7 comentários:

  1. Muito interessante e, de fato, engraçado! Eu não tinha lido muitas coisas ainda a respeito do espiritismo, mas tinha uma idéia de que ele não tivesse nada a ver com cristianismo. Legal você ter se prontificado a escrever sobre este assunto e estar assim, esclarecendo a todos que o espiritismo contradiz a Palavra do Senhor, a Bíblia.

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  2. Hoje em dia é fundamental que se faça tais separações e que isto fique evidente para as pessoas. Na era, digamos, de "clamor espiritual", muito se tem explorado do campo espiritual e tem sido exposto na mídia. Isto é perigoso, muitas pessoas acabam ficando confusas em relação a suas próprias crenças.

    O Cristianismo é a única religião verdadeira.
    E a única instituição religiosa de Deus é a Igreja.

    Não afirmo isto por fazer parte do credo cristão, mas por ser testemunha do segmento espiritual que as pessoas estão procurando tomar como base, em uma geração cada vez mais confusa, perturbada, e desorientada espiritualmente.

    Se quisermos seguir de fato um estilo de vida que nos permita "evoluir espiritualmente", que isto seja feito debaixo do Senhorio de Cristo. E não das falsas religiões como a Maçonaria, o Espiritismo, o Espiritualismo, as religiões Afro-Brasileiras e toda sorte de religião pagã ocultista e de feitiçaria.

    Que sua busca seja unicamente voltada a pessoa de Deus, através do Evangelho de Jesus.

    Graça e Paz; Rafael De Muzio

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  3. parabens voz que clamar no seculo 21pb MARCOS

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  4. Existem os que crêem na ressurreição e interpretam Hebreus 9: 27 como negação à doutrina das vidas sucessivas (reencarnação), mas, por outro lado, existem os adeptos da reencarnação, que entendem Hebreus 9: 27 como negação à ressurreição. Contudo, analisando sem proselitismos, Hebreus 9: 27 possui uma tácita contradição com certos fatos narrados em outras passagens da Bíblia. Considerando Hebreus 9: 27 como regra condenatória à reencarnação, a contradição surge ao se confrontar com as ressurreições narradas na Bíblia. Por exemplo: Segundo o Novo Testamento, Lázaro estava morto, com a decomposição cadavérica já iniciada, e fora ressuscitado por Jesus. Admitindo-se que ao homem é dado morrer apenas uma vez, Lázaro não poderia morrer novamente depois de ressuscitado, pois isto violaria Hebreus 9: 27, ou seja, Lázaro estaria vivo até hoje. Outros exemplos bem conhecidos de ressuscitados, conforme as narrativas bíblicas: O filho da viúva, ressuscitado pelo profeta Elias (I Reis 17: 17-22), o filho da viúva da cidade de Naim, ressuscitado por Jesus (Lucas 7: 11-15), a filha de Jairo, o chefe da sinagoga, também ressuscitada por Jesus (Lucas 8: 53-55) e a discípula Tabita/Dorcas, ressuscitada por Pedro (Atos 9: 36-41). Conforme a interpretação natural de Hebreus 9: 27, quem morreu uma vez não pode morrer outra vez, isto é, os ressuscitados bíblicos deveriam estar vivos até hoje; seriam imortais. A interpretação mais coerente para Hebreus 9: 27 diz que não é possível morrer mais de uma vez na mesma vida (encarnação), ou seja, ab-roga a ressurreição. Esta interpretação é a mais coerente porque não existe nem uma prova histórica de alguém que tenha ressuscitado de verdade. Raciocinando logicamente, Hebreus 9: 27 está certo, pois é impossível morrer mais de uma vez na mesma vida. Esta interpretação, ao nulificar a ressurreição, lança dúvidas sobre as ressurreições narradas na Bíblia: Será que elas ocorreram realmente? Será que os supostos ressuscitados estavam verdadeiramente mortos? A interpretação que nega a ressurreição – para Hebreus 9: 27 – compatibiliza-se com a doutrina das vidas sucessivas, pois a reencarnação torna-se a única opção viável diante da impossibilidade da ressurreição. De fato, em uma interpretação imparcial, Hebreus 9: 27 rejeita implicitamente a ressurreição, portanto, engana-se quem utiliza Hebreus 9: 27 para negar a reencarnação, pois, na verdade, está negando a ressurreição (“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”; os “ressuscitados” já morreram uma vez, portanto...). Em suma, Hebreus 9: 27 não aprova e nem desaprova a reencarnação, entretanto, invalida a ressurreição. Vale lembrar que a ressurreição é uma impossibilidade científica, principalmente quando o corpo já se decompôs totalmente, que é o caso das alardeadas ressurreições do fabuloso dia do Juízo Final. (Fonte: http://www.agbook.com.br/book/29473--QUIMERA ou http://www.clubedeautores.com.br/book/41787--QUIMERA)

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  5. Êxodo 20:5: “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (em algumas traduções aparece aborrecem no lugar de odeiam). Esta conhecida passagem dos 10 mandamentos contradiz II Reis 14:6, na qual está escrito: “Porém os filhos dos assassinos não matou, como está escrito no livro da lei de Moisés, no qual o SENHOR deu ordem, dizendo: Não matarão os pais por causa dos filhos, e os filhos não matarão por causa dos pais; mas cada um será morto pelo seu pecado”. É evidente a contradição textual entre Êxodo 20:5 e II Reis 14:6, todavia, ao se interpretar o Êxodo 20:5 sob a ótica reencarnacionista, a contradição torna-se aparente. Sob a luz da doutrina das vidas sucessivas, Êxodo 20:5 alcança um grau de coerência maior, eliminando a contradição com II Reis 14:6 a nível interpretativo. A interpretação literal – não reencarnacionista – de Êxodo 20:5 fere a lógica e a justiça, pois que culpa teria um filho, um neto ou um bisneto pelos ilícitos cometidos pelos seus pais, avós e bisavós, respectivamente? A interpretação que nega a reencarnação para o Êxodo 20:5 gera uma situação de impunidade e injustiça sem igual, pois presume a punição de espíritos encarnados por erros que nunca cometeram! Por exemplo: Um hipotético pai paga pelos crimes cometidos pelo seu pai, avô e bisavô, sem que seja o espírito reencarnado de nenhum deles. Analisando a interpretação anti-reencarnacionista de Êxodo 20:5, neste exemplo, o espírito do hipotético pai sofre as conseqüências do que não fez, sendo punido pelas falhas de 3 ou 4 gerações ancestrais, em uma só vida, não sendo a reencarnação de nem um dos verdadeiros culpados (e o pai deste pai também pagou pelo que não fez, diga-se de passagem). Considerando a inexistência da reencarnação, o pai deste exemplo não cometeu os crimes, portanto, onde há justiça? Por que pagar pelos crimes do pai, do avô e do bisavô? Ademais, do ponto de vista anti-reencarnacionista, este suposto pai poderá cometer outros crimes tranqüilamente, pois quem pagará será a sua posteridade. De certo modo, a interpretação que nega a doutrina das vidas sucessivas ao Êxodo 20:5 induz incautos e pessoas egoístas a uma vida de iniqüidades, subvertendo o amor ao próximo (afinal, quem sofrerá a punição não será o culpado).
    Continua...

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  6. Continuação:
    Os rabinos interpretam a passagem de Êxodo, citada acima, como uma alusão clara a uma das menos conhecidas doutrinas do judaísmo: A reencarnação. Explicando Shemót (Êxodo 20:5), o rabino Shimon Bar Yochai escreve no Zohar (Sefer Ha’Zohar, o Livro do Esplendor, o maior tratado místico do judaísmo): “Está escrito: ‘visito a maldade dos país nos filhos até à terceira e quarta geração’. Estes são a mesma árvore, a mesma alma voltando uma, duas, três e quatro vezes, querendo dizer que encarnou e veio em quatro corpos, sendo punido pelos primeiros pecados na quarta encarnação. Porque o pai, o filho, a terceira e quarta geração (estas quatro encarnações) são um; uma alma que não fez as suas correções, nem atendeu a elas. É por isso punida pelos pecados nas primeiras encarnações. O inverso é também verdade. Uma árvore bem estabelecida pelas encarnações permanece firme, e está escrito: ‘mas mostrando clemência’…”. Conforme o entendimento reencarnacionista de Êxodo 20:5, o conceito de reencarnação está explícito no texto através do termo geração. As encarnações de um espírito são análogas às gerações de uma genealogia. Aos espíritos vinculados ao plano físico através da Lei de ação e reação, cada encarnação é fruto da anterior, assim como as gerações de pais, filhos, avós, netos, etc. A evolução é constante. Assim como todos mudam no decorrer da vida (mesmo que as mudanças sejam ínfimas, elas sempre ocorrem, sem exceção), muda-se mais ainda de uma vida para outra. Portanto, seguindo este raciocínio, é plausível afirmar que a encarnação atual é filha da última, neta da penúltima, bisneta da antepenúltima e assim por diante (é a interpretação reencarnacionista para o trecho: “visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração”). Somente através da doutrina das vidas sucessivas é possível dar coerência ao Êxodo 20:5 e alinhá-lo com II Reis 14:6. Em síntese, é necessário entender Êxodo 20:5 sob a ótica reencarnacionista, se quiser suprimir a contradição com II Reis 14:6 (Êxodo 20:5 é uma das raríssimas passagens bíblicas onde é possível eliminar contradições através de sua correta interpretação).

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  7. Ficar bitolado é prejudicial. Temos que ampliar nossos conhecimentos. É preciso questionar, pensar, analisar, investigar... O conhecimento liberta!

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