21 de mar. de 2011

O Antigo Evangelho

(...) Não há dúvida de que o mundo evangélico de nossos dias encontra-se em um estado de perplexidade e flutuação. Em questões como na prática do evangelismo, no ensino sobre a santidade, na edificação da vida das igrejas locais, na maneira dos pastores tratarem com as almas e exercerem a disciplina há evidências de uma insatisfação generalizada com as coisas conforme elas estão, bem como de uma insatisfação geral acerca do caminho à frente.
Esse é um fenômeno complexo, para o qual muitos fatores têm contribuído. Porém, se descermos até à raiz da questão, descobriremos que essas perplexidades, em última análise, devem-se ao fato que temos perdido de vista o evangelho bíblico. Sem o percebermos, durante os últimos cem anos temos trocado o evangelho por um substitutivo que, embora lhe seja semelhante quanto a determinados pormenores, trata-se de um produto inteiramente diferente. 
Daí surgem as nossas dificuldades; pois o produto substitutivo não corresponde às finalidades para os quais o evangelho autêntico do passado mostrou-se tão poderoso. O novo evangelho fracassa notavelmente em produzir reverência profunda, arrependimento profundo, humildade profunda, espírito de adoração e preocupação pela situação da Igreja. Por quê? Cumpre-nos sugerir que a razão jaz em seu próprio caráter e conteúdo.

Não leva os homens a terem pensamentos centrados em Deus, temendo-O em seus corações, mesmo porque, primariamente, não é isso que o novo evangelho procura fazer. Uma das maneiras de declararmos a diferença entre o novo e o antigo evangelho é afirmar que o novo preocupa-se por demais em "ajudar" o homem — criando nele paz, consolo, felicidade e satisfação — e pouco demais em glorificar a Deus.

        O antigo evangelho também prestava "ajuda" — mais do que o novo, na realidade. Mas fazia-o apenas incidentalmente — visto que sua preocupação primária sempre foi a de glorificar a Deus. Era sempre e essencialmente uma proclamação da soberania divina em misericórdia e juízo, uma convocação para os homens prostrarem-se e adorarem ao todo-poderoso Senhor de quem os homens dependem quanto a todo bem, tanto no âmbito da natureza quanto no âmbito da graça. Seu centro de referência era Deus, sem a mínima ambigüidade. Porém, no novo evangelho o centro de referência é o homem. 
       Isso é a mesma coisa que dizer que o antigo evangelho era religioso de uma maneira que o novo evangelho não o é. Enquanto que o alvo principal do antigo era ensinar os homens a adorarem a Deus, a preocupação do novo parece limitar-se a fazer os homens sentirem-se melhor. O assunto abordado pelo antigo evangelho era Deus e os Seus caminhos com os homens; e o assunto abordado pelo novo é o homem e a ajuda que Deus lhe dá. Nisso há uma grande diferença. 
        A perspectiva e a ênfase inteiras da pregação do evangelho se alteraram. Dessa mudança de interesses originou-se a mudança de conteúdo, pois o novo evangelho na realidade reformulou a mensagem bíblica no suposto interesse da prestação de "ajuda" ao homem. (...)


Extraído do Livro: Um Desafio para Redescobrir o Evangelho Bíblico
J. I. Packer

Ensaio Introdutório ao livro de John Owen
A Morte da Morte na Morte de Cristo
Editora Fiel, 2ª edição, 1992
Título original: Introductory Essay to John Owen's
The Death of Death In The Death of Christ

Renato Rangel

17 de mar. de 2011

O que é preciso pra chegar a Deus?






Vou começar com um texto de Hebreus.

(Hebreus 4:14) - Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. (Hebreus 4:15) - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hebreus 4:16) - Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

Infelizmente existem igrejas (que se dizem protestantes) ou denominações que são especialistas em dificultarem o acesso das pessoas a Deus. Parece contraditório, uma vez que a função da igreja deveria ser exatamente o oposto. Negam escaradamente o que a reforma tanto lutou. Como diz João Alexandre em uma de suas canções "estão recosturando o véu que Jesus já rasgou. 
Deus torna-se um ser extremamente burocrático. Uma série de exigências são postas diante daquele que requer o acesso. O maneira que Jesus ensinou está ultrapassada. A metodologia atualmente aplicada, muito presente no neopentecostalismo, transforma seu "deus" nesse objeto distante. 
Certamente você leitor já deve ter visto alguma publicidade do tipo: Campanha “alcançando o favor do Senhor”, “chamando a atenção de Deus” e por ai vai. Sem mencionar ainda as canções da moda que estimulam essa idéia.

Pensando nisso, lembrei do que li no twitter a seguinte afirmação: - O evangelho não é o anuncio de coisas a serem feitas, mas o anúncio do que Cristo já fez.

A bíblia diz que éramos tidos como inimigos de Deus, mas pela graça essa “amizade” foi restabelecida por intermédio de Cristo. O que os impede de chegar a Deus são os nossos pecados, e Cristo já pagou por eles. É Isso que o texto de Hebreus acima citado deixa bem claro. Cristo como sumo sacerdote levou a Deus a oferta pelos nossos pecados, uma vez que podemos agora chegar com “confiança” (livre acesso, entende?).
 Veja que é simples. Não é necessário campanhas de sal, unções proféticas. Temos o favor de Deus em nossa vida por intermédio de Cristo. Deus não está inacessível ao seu povo. O que às vezes ocorre, é que pessoas erroneamente pensam que seu autoflagelo irá fazer com que Deus tem maior compaixão. Uma idéia muito contemporânea de "penitência". Infelizmente cristãos são ensinados assim.
Lastimável é, que não são poucos cristãos quem têm sido escravizados dessa forma. Já ouvi muita gente se lamentar por não conseguir Jejuar tanto como gostaria, ou ser tão “santo” como deveria. Mas isso diminui o olhar de Deus sobre a sua vida?
                Minha idéia aqui não é desestimular a busca por Deus, por uma vida de obediência e santidade. Sãos princípios bíblicos fundamentais a vida de qualquer cristão autêntico. Contudo, isso tem criado divisão de classes na igreja. Às vezes os aparentemente “menos favorecidos” se julgam ruins aos olhos de Deus, incapazes, desgraçados, tornam-se  frustrados e infelizes.
A cruz é que leva o ser humano a aproximação de Deus. Outra coisa não pode fazê-lo, nem a melhor de nossas boas obras. O que são nossas “boas obras” sob a ótica de Deus sem Cristo?
(Isaías 64:6) - Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.
                Deus não é parecido com seu chefe que sempre está lhe cobrando metas a serem alcançadas e troca de recompensas. O que era para ser feito Cristo já fez. Se buscamos santificação, boas obras, é fruto do que em nossas vidas já aconteceu e não o contrário. Talvez lhe soe estranho dado ao que sempre temos ouvido e visto, mas é exatamente isso que o evangelho no diz.
            
    Não permita que ninguém, absolutamente ninguém lhe apresente obstáculo para chegar a Deus (a não ser confessar a Cristo como Senhor).

“Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo..." (Mt 27.51)

Como diz a antiga canção: “o véu que separava, agora não separa mais..”

Pense nisso,

Renato Rangel

9 de mar. de 2011

Confissões de um discípulo confuso.


por Zé Luís (extráido do blog Cristão Confuso)

Difícil.

Ele sabia do que falava quando afirmou que aconteceria, não houve o que fazer para evitar minha vergonhosa realidade: eu trairia, negando-o.

Estive com o Mestre por três anos, desde o começo, quando me chamou pessoalmente. Fui um dos únicos - revelado pelo próprio Espírito - a reconhecer que ali ía mais que um homem, e ao perceber a imensidão de quem estava a minha frente, recuei, pois sei quem sou, e o que Ele poderia fazer com pessoas erradas como eu em sua presença.

Mesmo assim me aceitou, me chamando para estar em seu futuro Reino como alguém digno de ser seu ministro. Tomei isso como aprovação de meu ímpeto, minha forma de enxergar a vida, comum a todo patriota judeu desta época. Vivemos uma opressão invasora: meu gênio certamente fará diferença nessa retomada. É isso que entendo quando Jesus fala de Reino.

Com o passar do tempo, o Mestre foi abrindo sobre seus propósitos, e estes começaram a ficar estranhos, confusos, não só a mim, mas a todos os outros companheiros de jornada. Ele falava que a tal nação seria constituída de gente impura, gente de fora do meio escolhido por Ele mesmo, povo sem o conhecimento necessário para cumprir as regras de D'us, nascida em pecado e erro, não sabendo distinguir uma mão de outra. Gente reprovável, que estranhamente, o Messias parecia estranhamente interessado em ajudar.

Esses pagãos são os mesmos que matam nossa gente, oprimem meu país, destroem nossa cultura e esperança, e Jesus parece se agradar deles tanto quanto a nós.

E pior: eu, que o amo – e faço questão de dizer isso aos quatro ventos – tenho, segundo ele, que me converter. O que Ele quis dizer com isso? Conversão significa inversão de caminhos: se Ele aceitou-me como era, que caminho devo inverter? O que não aceita em mim? Converter significa deixar de ser completamente o que era. Não entendo. E ainda profetizou sobre minha vida: “Você me negará...”. As vezes o Mestre parecia não me amar. Estranho...

Neguei-o.

Foi o que fiz, diante de gente totalmente desimportante, por três vezes. Eu, campeão mundial de caminhada sobre as águas, que estive a frente de seu grupo, que em sua prisão me predispus a morrer junto(cortei a orelha de um guarda!), fui pra cima! E Ele preferiu morrer...

Seu olhar cruzou com o meu quando fizeram seu julgamento no meio da madrugada (queriam se livrar dele rápido, antes do sábado sagrado). Eu era o único do bando disperso que me arrisquei a ir vê-lo, antes tivesse me acovardado: não estava preparado para saber o quanto falharia diante de meu amado Mestre. Chorei diante de minha vergonhosa atitude, ao ouvir o galo cantar.

Seus olhos, inchados por espancamentos, cruzaram tristemente os meus quando xingava os que me acusavam de ser seu discípulo. Duro admitir o que se é, Deus está sempre certo. Resta-me fazer o que sempre fiz antes de Seu chamado. Sei que não fazem nem dois dias que o corpo está na tumba. Mas já deixei bem claro o que fiz entre os meus: sou um covarde traidor que negou ao Mestre quando mais só e abatido estava. E pior: Ele sabia quem eu era o tempo todo. Devia ter me abandonado. Por que ficou comigo? Este traste que sou...

Vou pescar e terminar meus dias fazendo isso. O que me resta? Deus está morto, assassinado em um madeiro pela nação que também amou. Dos seus, restam apenas seguidores apavorados, trancafiados na mesma sala onde ceiamos pela última vez.

Acabou a esperança, morreu na cruz.


Simão Pedro,
 madrugada de sábado, dois dias após a crucificação do Mestre.

7 de mar. de 2011

Evangelho. Entendeu ou quer um desenho?

(Extraído do blog NÃO, OBRIGADO)
É muito frequente se escutar pessoas dizendo que estão "pregando o evangelho". Especialmente quando estão lhe pedindo dinheiro, fazendo promessas de muita prosperidade para sua vida e prometendo-lhes a cura para todos os seus problemas. Mas todos nós sabemos que Deus não fez estas promessas nem aos seus profetas e apóstolos, muitos dos quais, após uma vida de dificuldades e perseguições, terminaram martirizados, cumprindo cabalmente seu papel de mensageiros de Deus.

Entretanto, algo que você quase nunca vê é alguém falando do evangelho ao mesmo tempo em que fala de arrependimento, mudança de vida, perdão e fé, do significado da morte na cruz e da ressurreição de Jesus Cristo.

O que é, então, o evangelho? Em termos simples, o apóstolo Paulo nos escreve:

"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. - 1 Coríntios 15.1-4

Ele também nos conta que o evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego." - Romanos 1.16

Jesus, em seu ministério, pregava o evangelho aos judeus, curando as pessoas e fazendo outros sinais que autenticavam a sua mensagem, advertindo a todos que se arrependessem e que cressem nele:

"Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho." - Marcos 1.14-15

Esta mensagem encontra eco nas grandes pregações dos apóstolos registradas na Bíblia, no livro de Atos:

Pedro, proclama:

"... E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. ...Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos... A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas ... Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. ... Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo." - Atos 2

E novamente Pedro discursa:

"Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus..." - Atos 3

Mais uma vez... "Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós. Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." - Atos 4

Um pouco mais:

"Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: 'Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados' ...

"E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo." - Atos 5

E assim, continuaram anunciando o evangelho Estêvão (caps. 6-7), Filipe (cap. 8) e outros (Atos 11.19-20), apenas para citar...

Na casa de Cornélio, mais uma vez, Pedro divulga as boas novas:

"Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos. Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia, tendo começado desde a Galiléia, depois do batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; e nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto, não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos. Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados." - Atos 10

E Paulo prega numa sinagoga:

"Da descendência deste, conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus, havendo João, primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele, batismo de arrependimento. Mas, ao completar João a sua carreira, dizia: Não sou quem supondes; mas após mim vem aquele de cujos pés não sou digno de desatar as sandálias. Irmãos, descendência de Abraão e vós outros os que temeis a Deus, a nós nos foi enviada a palavra desta salvação. Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias; e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galiléia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas perante o povo. Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. ... Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés." - Atos 13

E o evangelho anunciado ao carcereiro?

"Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: 'Senhores, que devo fazer para que seja salvo?' Responderam-lhe: 'Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.' E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa." - Atos 16

Para finalizar as citações, mais uma pregação de Paulo, aos politeístas de Atenas:

"Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos." - Atos 17
Resta a você alguma dúvida de qual é a verdadeira mensagem do evangelho que a igreja deve levar por todas as épocas e a todos os cantos do planeta (Mateus 28.18-20), ou quer ver desenhada?
Então...